O encontro reuniu pesquisadores que fazem parte do programa de bolsas oferecido pela Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) em 2023. Esses pesquisadores, selecionados entre 1.017 inscritos de diversas áreas do conhecimento, como genética, educação, astrobiologia, neurologia, ciências sociais, história e farmácia, argumentaram que precisam de mais tempo para avançar em suas pesquisas.
O pesquisador Alexandre Bortolini, da área de Ciências Sociais, destacou a importância de expor as pesquisas realizadas no programa para mobilizar a comunidade universitária, coletivos negros e outros movimentos a apoiarem e cobrarem a renovação e a institucionalização do programa pela USP.
A reitoria da USP informou que está avaliando a continuidade da iniciativa, que recebeu um investimento de cerca de R$ 5,5 milhões. O professor Rogério Monteiro de Siqueira, coordenador da Diretoria Mulheres, Relações Étnico-Raciais e Diversidades da PRIP, afirmou que, após a fase de avaliação dos relatórios do edital de 2023, serão estudadas as perspectivas futuras para o programa.
Além disso, o encontro contou com a presença de importantes nomes da luta por mais ações afirmativas, como a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro e Márcia Lima, secretária Nacional de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial.
Para os pesquisadores, a mobilização em torno do programa de bolsas para doutorandos negros na USP é fundamental não apenas para garantir oportunidades de pesquisa para esses profissionais, mas também para incentivar outras instituições de ensino a adotarem políticas afirmativas na área da pesquisa.
