Repórter São Paulo – SP – Brasil

Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres reúne feministas de todo o Brasil em Natal para debater resistência e soberania.

Recentemente, muito se fala sobre a importância da organização de base e da ocupação das ruas como formas eficazes de enfrentar a extrema direita. No entanto, são poucos os que realmente trilham esse caminho. A Marcha Mundial das Mulheres tem sido uma referência nesse sentido, sendo responsável por formar e influenciar diversas pessoas, inclusive a autora deste texto, desde 2005. Por meio de núcleos e comitês espalhados por periferias, grandes cidades e áreas rurais, a Marcha cria laços com as mulheres, discute política e economia, e promove soluções coletivas para os problemas do cotidiano.

Internacionalista, antirracista e anticapitalista, a Marcha tem sido fundamental na articulação de atos e movimentos feministas no Brasil e em outros países. No mês de julho, está previsto o 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres em Natal (RN), que homenageará Nalu Faria, uma das fundadoras do movimento e uma das principais referências do feminismo no Brasil e no mundo, mesmo após sua morte em 2023.

Durante o encontro, cerca de 1.200 feministas de 23 estados brasileiros participarão de atividades e debates sobre soberania popular, corpos e territórios. A ideia é sistematizar os aprendizados dos 24 anos de movimento e planejar o futuro. O lema da Marcha, “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, guiará as discussões e ações das participantes.

Em meio a um cenário de avanço da extrema direita e do conservadorismo, a Marcha se mostra como um importante espaço de resistência e luta. A importância de um feminismo anticapitalista e internacionalista é ressaltada pelos participantes, que pretendem levar todo o conhecimento adquirido durante o encontro de volta para suas comunidades.

A Marcha Mundial das Mulheres continua seu legado de resistência e empoderamento, inspirando mulheres em todo o mundo a lutarem pelos seus direitos e por um futuro mais justo e igualitário. A mobilização desse grupo é essencial não apenas para enfrentar as adversidades atuais, mas também para preparar o terreno nas eleições municipais e nos próximos anos.

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