As enchentes são eventos ambientais que estão diretamente associados a riscos à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde. Além dos efeitos diretos, como afogamentos e lesões físicas, há também riscos indiretos, como danos psicológicos e transmissão de doenças infecciosas.
Entre as principais doenças que podem ser transmitidas em situações de enchentes estão a leptospirose, o tétano, a hepatite A e as arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre emitiu um alerta sobre os riscos de contaminação por doenças a partir da água das enchentes, recomendando que pessoas que apresentem sintomas busquem assistência médica.
Além dos impactos físicos, as enchentes também têm desdobramentos na saúde mental das pessoas afetadas. A perda de familiares, o medo de sobrevivência e o trauma vivenciado podem causar efeitos psicológicos de curto e longo prazo. Estudos apontam que eventos traumáticos como enchentes podem acarretar estresse, dificuldades nas atividades cotidianas e insegurança habitacional por até dois anos.
Diante da frequência cada vez maior de eventos climáticos extremos, torna-se crucial pensar não apenas em estratégias de combate e mitigação dos efeitos do clima, mas também em medidas de assistência médica e psicológica adequadas. É fundamental que haja um acompanhamento especializado para lidar com os impactos na saúde física e mental das vítimas de desastres naturais.
Além das consequências imediatas, as inundações também podem ter efeitos a longo prazo na saúde das pessoas afetadas. Investir em políticas de prevenção, adaptando-se às mudanças climáticas e fornecendo assistência adequada, é essencial para minimizar os impactos desses eventos.