Segundo os especialistas, as condições de saneamento e acesso a cuidados médicos comprometidos podem contribuir para intensificar esse cenário. Além disso, o aumento de casos de covid-19, gripes, resfriados e tuberculose, assim como doenças gastrointestinais, como hepatite A, diarreia infecciosa, dengue e leptospirose, são motivos de preocupação para a Fiocruz diante da situação atual no Estado.
Outro ponto abordado refere-se aos riscos de doenças transmitidas por vetores, como a dengue e a leptospirose, que historicamente apresentam picos de infecção nos meses subsequentes às enchentes, durante a fase de recuperação dos desastres. Além disso, os pesquisadores ressaltam que a subida do nível das águas pode acarretar em mais acidentes com animais peçonhentos, como aranhas e serpentes, aumentando o risco de transmissão de doenças transmitidas por água contaminada e vetores.
É importante destacar que as áreas de risco para animais peçonhentos incluem regiões dos vales, planalto, depressão central e o litoral norte do Estado, que historicamente registram uma maior incidência de acidentes dessas naturezas. Portanto, medidas preventivas e de cuidado devem ser adotadas para minimizar os impactos na saúde da população afetada pelas enchentes. Este é um momento de atenção e mobilização das autoridades de saúde no combate e prevenção das doenças e agravos à saúde decorrentes das inundações no Rio Grande do Sul.