No primeiro julgamento, em Canela, o caso foi considerado improcedente, porém o Tribunal de Justiça reformou a decisão e condenou o empresário a um ano e quatro meses de prisão, substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de 35 salários mínimos ao arquiteto. Para os advogados de Hickel, a decisão envia uma mensagem importante à sociedade, destacando que é preciso combater discursos de ódio e intolerância.
O abaixo-assinado de Hickel argumentava que a estátua da Havan representava uma violência simbólica contra a cidade de Canela e não fazia parte da história local. Apesar do Plano Diretor do município permitir a instalação de monumentos com até 21 metros de altura, a Câmara de Vereadores aprovou uma réplica com 31 metros, seguindo a padronização das demais lojas da rede.
A inauguração da loja em novembro de 2021 gerou controvérsias, mas o então secretário municipal do Meio Ambiente, Jackson Müller, defendeu que a estátua não descaracterizaria Canela devido à localização da loja. Em nota, Hang afirmou que vai recorrer da decisão e criticou a condenação, alegando que o caso é um exemplo de punição a debates políticos e uma restrição à liberdade de expressão para empreendedores que buscam gerar empregos e desenvolvimento.