Repórter São Paulo – SP – Brasil

Empresário dominicano enfrenta acusação de homicídio culposo após explosão trágica que vitimou 37 pessoas. Justiça toma medidas.

Na última quarta-feira (30), as autoridades dominicanas prenderam Vidal e Maribel Sandoval, proprietários da Vidal Plast, além da filha do casal, em uma operação realizada pela Polícia Nacional na casa da família em San Cristóbal. Essa ação policial é resultado da explosão devastadora que ocorreu nas instalações da empresa, localizada a 24 km de Santo Domingo.

Os bombeiros divulgaram um relatório preliminar, que foi vazado nesta semana e possui data de 18 de agosto, revelando que a explosão teve como epicentro a sede da Vidal Plast. O documento aponta que na empresa havia acúmulos de gases e materiais inflamáveis, que, combinados com faíscas, ignição, calor ou fricção, podem ter causado a ativação da explosão. Essa descoberta levantou sérias questões sobre a segurança das instalações e os procedimentos adotados pelos proprietários.

Além disso, os bombeiros ressaltaram que já havia sido registrado um relatório em março, indicando a presença de vapores na Vidal Plast. Durante a inspeção, foi encontrada uma substância chamada peróxido orgânico, a qual requer um armazenamento em temperaturas inferiores a 20ºC. Esse produto é altamente reativo a mudanças de temperatura, faíscas e umidade. Por conta disso, a empresa havia sido notificada para a retirada desse material.

A área comercial de San Cristóbal, onde ocorreu a explosão, estava sendo desocupada para a construção de um estacionamento municipal. A detonção destruiu quatro edifícios e danificou outros nove imóveis. O MP (Ministério Público) informou que até o momento 15 corpos foram identificados e entregues às famílias. No entanto, ainda há 22 cadáveres em processo de identificação, alguns deles carbonizados.

Essa tragédia levanta uma série de questionamentos sobre a segurança e a fiscalização das empresas no país. O fato de a Vidal Plast operar com materiais inflamáveis e que requerem cuidados especiais, mas não ter adotado medidas adequadas de armazenamento e segurança, é motivo de preocupação. A prisão dos proprietários e a investigação em andamento vão ajudar a esclarecer os responsáveis por essa explosão devastadora, bem como trazer à tona a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para evitar novas tragédias desse tipo no futuro.

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