O prazo para as renegociações se encerra nesta sexta-feira (26), e antes do prazo final, a CGU deverá informar ao ministro André Mendonça sobre o andamento das negociações. No entanto, não há expectativa de que acordos individuais sejam alcançados nesta semana. Os acordos de leniência funcionam de forma semelhante a delações premiadas, porém são realizados por empresas, que fornecem informações relevantes em troca de punições mais brandas.
As empresas envolvidas enfrentaram dificuldades financeiras nos anos seguintes à Lava Jato, e agora buscam renegociar os valores acordados inicialmente. Uma das questões em debate é o quanto as empresas poderão abater de suas dívidas em relação a prejuízos fiscais. Enquanto as empresas argumentam que até 70% deveriam ser aceitos, a CGU ofereceu a possibilitade de até 30%. As negociações envolvem também contrapropostas e detalhes específicos sobre as condições dos novos acordos.
Além disso, foi revelado que o escritório do ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, tem a Odebrecht como cliente, uma das empresas em negociação. O ministro afirmou que se licenciou do escritório e não participa das negociações, se declarando impedido em processos relacionados à empresa. As tratativas seguem em andamento, com a expectativa de que as conversas se estendam por mais um mês, enquanto questões como a capacidade de pagamento das empresas são debatidas.