Com a criação de 272 mil novos postos de trabalho em maio, superando as expectativas de 180 mil, e um aumento na taxa de desemprego para 4%, juntamente com um crescimento salarial maior do que o previsto, El-Erian acredita que este cenário pode inviabilizar um corte de juros em julho. O economista afirmou que, independentemente dos próximos dados de Índice de Preços ao Consumidor, as chances de um corte em julho são praticamente nulas com esses indicadores positivos.
Após a divulgação do relatório de emprego, a taxa sobre o Tesouro americano de dois anos teve um aumento significativo, e o mercado reduziu as expectativas de flexibilização monetária este ano. Atualmente, os juros futuros nos EUA indicam a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual apenas em dezembro, com 60% de chance para setembro e 90% para novembro. Antes desses dados, bancos como JPMorgan Chase e Citigroup previam um corte do Fed no próximo mês.
El-Erian acredita que o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed deve sinalizar apenas um corte neste ano, e espera que o presidente da instituição, Jerome Powell, mantenha sua postura de agir conforme os dados disponíveis. A expectativa é que o Fed adote uma postura cautelosa e flexível, considerando os números positivos do mercado de trabalho nos Estados Unidos.