Empreendedora social conta sua jornada de superação e apoio ao empreendedorismo feminino no Brasil

Este ano marca os 15 anos de atuação da empreendedora social Ana Fontes. Em 2007, ela decidiu deixar o mundo corporativo para embarcar em sua jornada empreendedora, que começou no final de 2008, quando o mercado ainda era pouco explorado. Sua primeira empresa foi o ElogieAki, uma plataforma que permitia aos usuários elogiarem empresas ou serviços. Pouco depois, em 2009/2010, ela abriu um dos primeiros e maiores espaços de coworking do Brasil na época.

Além de empreendedora, Ana Fontes também fundou a Rede Mulher Empreendedora (RME), a primeira e maior rede de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil. Naquela época, empreender não era tão glamoroso como é atualmente, e as mulheres enfrentavam desafios ainda maiores. Ana destaca que empreender é uma maratona cheia de obstáculos, e para mulheres que são negras, nordestinas, provenientes de comunidades periféricas como Diadema, a realidade é ainda mais difícil e sua presença muitas vezes é vista como uma ameaça. Mas ela não desistiu.

Atualmente, Ana lidera a Rede Mulher Empreendedora e também criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, que tem como objetivo apoiar e capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade em todo o Brasil. Além disso, ela utiliza sua voz, experiência e aprendizados para apoiar a causa das mulheres como conselheira de administração em empresas e organizações de renome, como o Pacto Global da ONU no Brasil, Seguros Unimed, Instituto Avon, Universidade Anhembi Morumbi e no Conselho da Presidência da República (CDESS).

Ana também é professora no Insper e na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), pois acredita que o conhecimento de qualidade deve ser compartilhado. Além disso, ela atua como palestrante para diversas organizações e empresas. Ela se sente extremamente privilegiada por trabalhar pela causa em que acredita e ter ao seu lado uma equipe dedicada que não mede esforços para apoiar as mulheres, ajudando-as a gerar renda, ter acesso à educação e oportunidades.

Há 13 anos, o ambiente era hostil e, infelizmente, a sociedade ainda continua tentando derrubar as mulheres. A criação da RME foi uma forma de garantir que outras mulheres se sentissem representadas e apoiadas para empreender ou ser o que quisessem. Para Ana, receber mensagens de superação, como relatos sobre o fim de relacionamentos abusivos, o impacto financeiro positivo que mudou a vida de alguém em poucos meses, um abraço em um evento ou até mesmo um áudio compartilhado pela equipe no WhatsApp, é a confirmação de que estão no caminho certo.

No entanto, Ana destaca que ainda há muito a ser feito e ela continuará trabalhando para isso. Ela está comprometida com o bem-estar da Ana do passado, da Ana do futuro, de suas filhas, das mulheres de sua família e de todas as outras. Ocupar os espaços é fundamental para que as mulheres se vejam e se reconheçam. E é com esse objetivo que Ana escreverá esta coluna, um lugar para trocas genuínas, histórias inspiradoras e motivação para todos os que a acompanham. Sem clichês, mas com sinceridade. Juntas, elas continuarão nessa jornada em busca de mais conquistas e igualdade.

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