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Embates nas Redes Sociais: Fake News tentam vincular logomarca do governo federal a doações de alimentação para vítimas das enchentes em Canoas, RS

Após investigações realizadas pelo Comprova, foi concluído que não há evidências de que as embalagens das doações enviadas pela sociedade civil às vítimas das enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul, estejam sendo substituídas pela logomarca do governo federal, como afirmavam publicações nas redes sociais. De acordo com as informações apuradas, os alimentos colocados em sacolas com o selo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome fazem parte de uma compra de 52 mil cestas básicas realizada pela pasta para atender desabrigados e desalojados no estado.

A prefeitura de Canoas, ao ser questionada sobre as alegações que circulavam na internet, afirmou que tais informações não procedem e que não é feita nenhuma identificação da gestão municipal nos rótulos dos donativos. A administração esclareceu que apenas algumas doações que chegam em sacolas mais frágeis são transferidas para sacos mais resistentes, todos genéricos.

Os alimentos enviados pelo governo federal ao município são distribuídos a partir da Unidade Armazenadora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e são direcionados para as cozinhas emergenciais montadas para atender 49 mil vítimas das enchentes. Cada cesta contém 21,5 kg de alimentos, sendo compostas por dez itens essenciais.

Além disso, a prefeitura de Canoas nega que esteja confiscando as doações, esclarecendo que o decreto publicado em 2 de maio tem o objetivo de dispensar processos licitatórios para facilitar a aquisição de diversos materiais necessários para atender às necessidades das vítimas das enchentes.

Portanto, as acusações de reembalagem das doações e de confisco por parte da prefeitura de Canoas não encontram respaldo nas investigações realizadas. É importante ressaltar que a disseminação de informações inverídicas pode gerar desinformação e prejudicar a eficiência das ações de auxílio às vítimas de desastres naturais. Por isso, é fundamental que as informações sejam verificadas e confirmadas antes de serem compartilhadas nas redes sociais.

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