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Elmar Nascimento desafia Arthur Lira e Hugo Motta em debate público pela presidência da Câmara dos Deputados.

Na última terça-feira (29), o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (União-BA), fez uma importante declaração confirmando sua permanência na disputa pela presidência da Casa. Mesmo com o apoio de Arthur Lira (PP-AL) a Hugo Motta (Republicanos-PB), Elmar desafiou os demais postulantes ao cargo a um debate aberto, expondo suas propostas ao escrutínio público.

Aliado de longa data de Lira, Elmar Nascimento era o favorito do atual presidente para a sucessão. O plano de Lira era construir uma coalizão incluindo partidos tanto da base quanto da oposição, assim como ocorreu em seu segundo mandato na presidência da Câmara em 2023. No entanto, ao longo da atual legislatura, Elmar enfrentou dificuldades para conquistar apoio dentro do governo, apesar de ter firmado alianças com partidos como PSB e PDT. A maioria no PT era simpática ao seu rival, Antonio Brito (PSD-BA).

Em setembro, um terceiro candidato à disputa, Marcos Pereira (Republicanos-SP), desistiu e indicou Hugo Motta a Arthur Lira, que o escolheu para a sucessão. Desde então, Elmar e Brito passaram a atuar em parceria, com um acordo firmado para que quem for para o segundo turno deverá apoiar o outro.

Elmar Nascimento defendeu a necessidade de um debate público entre os três candidatos, em oposição à abordagem de Lira de definir a sucessão por meio de acordo. O líder do União Brasil argumentou que o segundo cargo mais importante da república não pode ser decidido com base em notas escritas e sem um debate aberto entre os concorrentes. Ele ainda criticou a prática adotada por Lira de retirar a discussão de projetos das mãos das comissões e decidir o destino dos projetos por meio do colégio de líderes.

Na avaliação de Elmar, a oficialização da campanha de Hugo Motta não enfraquece sua própria campanha pela presidência da Câmara. Ele destacou o derretimento do maior bloco da Casa, formado em 2023 com partidos de diferentes campos ideológicos, e garantiu o apoio de partidos como PDT, Solidariedade, Avante e a federação PSDB-Cidadania. Para Elmar, é essencial trazer consensos verdadeiros e rejeitar acordos artificiais na política, defendendo um processo democrático e transparente para a escolha do próximo presidente da Câmara dos Deputados.

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