Segundo dados apresentados durante uma coletiva de imprensa, aproximadamente 80% dos criadouros de mosquitos estão nas casas das pessoas ou nas proximidades, em objetos que acumulam água parada. Por isso, medidas simples como evitar o acúmulo de água em recipientes diversos podem ser mais eficazes no combate à dengue do que vacinas ou novas tecnologias.
Embora exista uma vacina disponível, especialistas alertam que ela não é capaz de erradicar a epidemia de dengue, devido ao seu alcance limitado. A vacina, recomendada para crianças entre 6 e 16 anos, é administrada em duas doses com três meses de intervalo. Estudos indicam que seriam necessários oito anos de vacinação em larga escala para obter um impacto significativo na transmissão da doença.
Além disso, novas tecnologias como o uso da bactéria Wolbachia estão em fase de estudo e podem se tornar uma arma potencial para o futuro no combate à dengue. No entanto, no momento, ainda estão em fase piloto e é preciso aguardar resultados mais conclusivos.
Dessa forma, a prevenção e o controle dos criadouros de mosquitos continuam sendo a principal estratégia no combate à dengue, sendo fundamental a colaboração da população na eliminação dos possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor. A conscientização e a adoção de medidas simples no dia a dia podem fazer a diferença na redução dos casos da doença.