Passant Tarek, uma dentista de 27 anos que vota em Suez, expressou a importância do voto durante esses tempos críticos: “Votar é nosso dever e é o mínimo que podemos fazer pelo país, especialmente durante esses tempos críticos e com os acontecimentos em todo o mundo”. Suas palavras refletem a preocupação e o senso de responsabilidade cívica que muitos eleitores egípcios estão demonstrando.
No entanto, nem todos compartilham do entusiasmo em relação às eleições. Muitos críticos consideram o processo eleitoral uma farsa, evidenciando a década de repressão à dissidência como um obstáculo à veracidade do pleito. Apesar disso, o órgão de mídia do governo tem considerado a eleição um passo em direção ao pluralismo político, o que indica a diversidade de percepções em relação ao processo eleitoral.
Durante o dia da votação, dois repórteres da Reuters testemunharam eleitores sendo levados de ônibus para as seções eleitorais, assim como a entrega de sacolas contendo alimentos básicos a pessoas que haviam votado, reforçando a mobilização em torno do processo eleitoral. Além disso, a polícia à paisana foi fortemente mobilizada e a Autoridade Eleitoral Nacional relatou um alto comparecimento às urnas no primeiro dia de votação.
Por fim, a população egípcia de 104 milhões de habitantes lida com desafios econômicos significativos, incluindo a alta dos preços e pressões inflacionárias. Apesar disso, alguns eleitores afirmam que apenas o atual presidente, Sisi, e as Forças Armadas poderiam oferecer segurança em meio a tais dificuldades. A eleição presidencial egípcia continua a ser um ponto focal para uma população ansiosa por mudanças e melhorias em meio a um cenário desafiador.
