Segundo especialistas, a disputa está muito apertada e é difícil dizer quem sairá vitorioso. Enquanto Massa parece ter o apoio de diversos setores organizados da sociedade, governadores, prefeitos, professores, pesquisadores, artistas, entre outros, Milei não conta com esse apoio. A única figura de destaque que está ao lado de Milei é Macri.
Caso Massa vença, a expectativa é que ele tente formar um governo de coalizão, contemplando todos os setores que se uniram em torno de sua candidatura, mais pela oposição a Milei do que por seu carisma ou agenda política. Seria um governo de centro, de centro conservador, que manteria o status quo, com atenção especial para as questões econômicas. Massa não esconde que sua prioridade será a agenda econômica, em meio a uma crise que levou a Argentina a uma inflação de 142% ao ano e deixou 40% da população na linha da pobreza.
No entanto, caso Milei saia vitorioso, a situação seria bastante diferente. Ele não teria o apoio dos setores tradicionais e teria que construir uma estratégia para governar sem uma base sólida no parlamento argentino. Seus planos e propostas teriam que ser moldados de acordo com as condições políticas e econômicas do país.
Com o cenário incerto e a proximidade das eleições, a Argentina enfrenta um momento decisivo e cheio de expectativas em relação ao futuro do país. A influência de Macri e a forma como os candidatos vão lidar com a complexa situação econômica serão determinantes para os rumos que o país tomará nos próximos anos.