Eleições do Parlamento Europeu: extrema-direita em crescimento nos 27 países da União Europeia preocupa autoridades e eleitores.

A Holanda deu início nesta quinta-feira (6) à série de eleições para renovar o Parlamento Europeu, um processo que envolve os 27 países da União Europeia (UE) e que está sendo acompanhado de perto devido ao crescimento da extrema-direita em vários países do bloco.

Com um total de 370 milhões de eleitores convocados às urnas, a complexa maratona eleitoral se encerrará no domingo, quando a maioria dos países votará. Os resultados destas eleições por nação definirão os 720 assentos do novo Parlamento Europeu.

Os líderes das duas principais instituições da UE, a Comissão Europeia e o Conselho Europeu, serão nomeados pelos legisladores após as eleições. A atual presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, é candidata a um novo mandato de cinco anos com o apoio do Partido Popular Europeu.

As pesquisas indicam um crescimento significativo dos partidos de extrema-direita, o que gera incertezas sobre o equilíbrio político dos próximos cinco anos. Apesar de já terem uma forte representação no Parlamento Europeu, estes partidos estão divididos em relação à própria UE.

De acordo com as sondagens, o grupo do PPE deve manter a maioria no Parlamento, seguido pelo bloco Socialistas e Democratas. Por outro lado, as bancadas centristas e dos Verdes seriam as mais afetadas pelo crescimento da extrema-direita, o que poderia ameaçar o equilíbrio político tripartido que vigorou nos últimos cinco anos.

Na Holanda, o partido PVV, de Geert Wilders, continua sendo uma força expressiva, enquanto em outros países como França, Itália, Hungria, Alemanha e Polônia, a extrema-direita também tem ganhado espaço eleitoral. Os eleitores estão preocupados com questões como inflação, custo de vida, segurança, imigração e a guerra na Ucrânia.

Estudos revelam que a maioria dos eleitores apoiam uma política comum de defesa e segurança, incluindo o envio de equipamentos militares para a Ucrânia e sanções contra a Rússia. Este cenário eleitoral é bastante desafiador para a UE e colocará à prova sua capacidade de lidar com os diferentes interesses e posições políticas em um momento de crescente polarização ideológica.

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