A base de apoio da Comissão Europeia, atualmente presidida por Ursula von der Leyen, é composta pelo Partido Popular (PPE), Socialistas e Democratas e Renovar Europa. Embora ainda não tenha anunciado oficialmente suas intenções, Von der Leyen é considerada uma forte candidata a um segundo mandato de cinco anos à frente da União Europeia. Seu nome depende da indicação dos 27 líderes dos países-membros e da aprovação no Parlamento.
A ascensão da ultradireita é evidente, com vitórias de políticos como Giorgia Meloni na Itália e Geert Wilders na Holanda. Além disso, partidos pouco moderados acumulam resultados positivos na França e Alemanha, sinalizando um avanço desse grupo político. Marine Le Pen, líder do Reunião Nacional em Paris, lidera as intenções de voto para a eleição europeia, enquanto o partido Alternativa para a Alemanha venceu disputas importantes e se posiciona nacionalmente como o segundo partido mais popular, com cerca de 20% de apoio.
A projeção é que o grupo Identidade e Democracia (ID), composto por partidos com discurso eurocético e anti-imigração, possa conquistar mais assentos no Parlamento, tornando-se a quarta maior força da Casa. Outro grupo que também deve sair fortalecido das urnas é o dos Conservadores e Reformistas (ECR), formado por partidos como Irmãos da Itália, Vox e Lei e Justiça.
Porém, a questão da imigração e a crise climática devem ser temas sensíveis que a ultradireita explorará na campanha e no Parlamento, buscando atrair eleitores preocupados com essas questões. A emergência climática e as políticas para a transição energética podem se tornar alvo de críticas por parte da extrema direita.
Além disso, a situação da Ucrânia, que avançou mais um passo no sentido de ingressar na União Europeia, gera controvérsias, especialmente devido à oposição do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, aliado do presidente russo Vladimir Putin. Orbán se opõe ao ingresso da Ucrânia e bloqueou um pacote de € 50 bilhões para o país, o que deve gerar pressão sobre os líderes europeus.
Todas essas questões tornam as eleições de 2024 um momento crucial para a política europeia, com a possibilidade de mudanças significativas na composição do Parlamento e nas políticas adotadas pela União Europeia. Esses desdobramentos serão acompanhados de perto pelos líderes e cidadãos europeus nos próximos meses.