O jornalista que vos fala admitiu publicamente que, se fosse argentino, teria votado no candidato peronista Sergio Massa, reconhecendo a importância de que o grupo peronista aprenda lições com os desafios econômicos enfrentados pelo país. A irresponsabilidade fiscal dos recentes governantes argentinos, incluindo os Kirchners e o atual presidente Alberto Fernández, acabaram colocando o país em uma rota de hiperinflação.
A análise do jornalista aponta para o erro de Mauricio Macri em acreditar que reformas microeconômicas e arrumação macroeconômica poderiam resolver os problemas fiscais. Além disso, Macri também contraiu dívidas em moeda estrangeira, complicando ainda mais a situação da Argentina.
A escolha de Milei, apesar de surpreendente, revela dois aspectos relevantes da campanha eleitoral do novo presidente argentino. Em primeiro lugar, o conteúdo de sua campanha foi incrivelmente racional, abordando temas complexos como déficit público, emissão monetária e inflação de maneira direta. Em segundo lugar, é notável o apelo eleitoral de Milei entre os jovens, que representam uma parcela significativa de seu eleitorado.
Além disso, a eleição de Milei também reflete um profundo conflito distributivo entre jovens e velhos, evidenciando as desigualdades sociais e econômicas enfrentadas pelo país. Por outro lado, há esperanças de que a presidência de Milei possa trazer alguma estabilidade e racionalidade à política econômica do país, especialmente devido à sua aproximação com técnicos do grupo político de Macri.
Portanto, resta torcer para que a Argentina, independentemente do grupo político que governe o país, reencontre o caminho do desenvolvimento econômico e recupere o crescimento perdido ao longo do último século. É uma nova era para os argentinos, que buscam superar os desafios econômicos e sociais enfrentados ao longo dos anos. A escolha de Milei certamente representa uma guinada notável na história política e econômica da Argentina.