A égua, apelidada de Esperança, teve que ser sedada, com as patas amarradas e os olhos vendados durante o resgate, que foi realizado por meio de uma técnica chamada tirolesa dinâmica. Veterinários acompanharam de perto a ação e puderam constatar que o animal estava magro e com desgastes nos cascos, provavelmente devido aos cerca de dez dias que passou no edifício.
Imagens divulgadas pelo governo do Rio Grande do Sul mostram detalhes do resgate, desde a preparação da égua até o momento em que foi içada para fora do prédio. A operação começou no começo da tarde e só terminou à noite, mostrando a dedicação e empenho da equipe de resgate.
Segundo o Corpo de Bombeiros, é provável que a égua tenha subido pelas escadas do prédio para escapar da inundação das ruas causada pela enchente histórica do rio dos Sinos, que atingiu a marca recorde de 8,20 metros no início de maio.
Após o resgate bem-sucedido, a égua Esperança foi transportada para um abrigo de animais não divulgado pelo governo. Este não foi o primeiro resgate de um animal em situação delicada devido às cheias na região. Na última quinta-feira (9), o país se emocionou com o resgate do cavalo Caramelo em Canoas, também no Rio Grande do Sul.
Com mais de 180 mil moradores de São Leopoldo afetados pelas enchentes, mais de 12 mil pessoas foram encaminhadas para abrigos após danos em suas residências. A solidariedade da população tem sido fundamental nesse momento difícil, com mais de 650 voluntários auxiliando nos abrigos e nos resgates de pessoas e animais. Mais de 6 mil pessoas e 653 animais já foram resgatados nos bairros mais afetados pelas inundações.
