Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ecuador concede asilo a Jorge Glas enquanto Embaixadora Mexicana é declarada “persona non grata” e expulsa do país.

O anúncio da concessão de asilo ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas gerou polêmica e tensão diplomática entre Equador e México. A decisão veio logo após o governo equatoriano declarar a embaixadora mexicana Raquel Serur como “persona non grata” e ordenar sua saída do país.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio do Itamaraty, condenou a invasão da embaixada do México, considerando-a uma clara violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Enquanto isso, o presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), manifestou solidariedade ao presidente mexicano.

Jorge Glas, que já cumpriu pena por envolvimento no escândalo de propinas da Odebrecht, enfrenta agora um novo mandado de prisão por suposto desvio de fundos destinados a trabalhos de reconstrução após um terremoto em 2016. Tanto ele quanto o ex-presidente Rafael Correa alegam que se trata de uma perseguição política.

Correa, que atualmente vive exilado na Bélgica, país de origem de sua esposa, foi condenado a oito anos de prisão por corrupção e inabilitado politicamente. O México havia rejeitado uma solicitação do Equador para permitir a captura de Glas em sua embaixada, e o presidente López Obrador defendeu veementemente o instituto do asilo, argumentando que historicamente salvou a vida de muitos latino-americanos perseguidos por ditaduras.

Nos últimos anos, o México tem concedido asilo ou refúgio a vários ex-colaboradores de Correa, o que aumenta as tensões entre os dois países e coloca em xeque as relações diplomáticas na região latino-americana. A situação permanece delicada e em constante evolução, com desdobramentos imprevisíveis no âmbito político e diplomático.

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