No que diz respeito à dívida bruta do governo, os economistas agora prevêem que ela atinja 77,33% do PIB ao final de 2024, um leve aumento em relação aos 77,30% projetados em maio. Para 2025, a previsão é de que a dívida alcance 80,15% do PIB, ante os 79,90% anteriormente estimados.
Esses dados surgem em um contexto de preocupações constantes do mercado em relação ao compromisso fiscal do governo, diante das incertezas sobre a capacidade do Executivo de aprovar medidas para aumentar a arrecadação e das críticas à falta de compromisso com o corte de gastos. A meta do governo é eliminar o déficit primário até o final deste ano.
Em relação à arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano, mas diminuiu para o próximo. A nova projeção aponta para uma entrada de 2,603 trilhões de reais em 2024, contra os 2,593 trilhões estimados anteriormente. Já em 2025, a arrecadação federal é prevista em 2,734 trilhões de reais, ante os 2,741 trilhões de maio.
Diante das dificuldades para aumentar a arrecadação, o governo tem sido instado a rever alguns de seus gastos, uma iniciativa defendida pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas que encontra resistência dentro do próprio governo. Os economistas consultados no Prisma também revisaram suas projeções para as despesas totais do governo central, indicando um aumento tanto para este ano quanto para o próximo. As despesas totais são vistas em 2,207 trilhões de reais para 2024 e 2,321 trilhões de reais para 2025.
Esses números demonstram a complexidade da situação fiscal do país e a necessidade de medidas eficazes para equilibrar as contas públicas e retomar o crescimento econômico. A atuação do governo, em conjunto com o Congresso e demais agentes econômicos, será fundamental para enfrentar os desafios e encontrar soluções sustentáveis para a crise fiscal.
