Repórter São Paulo – SP – Brasil

Economia brasileira esfria no terceiro trimestre e PIB de 2023 deve crescer 3%, aponta análise.

A economia brasileira apresentou um desempenho desanimador do segundo para o terceiro trimestre, e caso não haja crescimento no último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do ano terá alcançado um aumento de apenas 3%. Esse ritmo é semelhante ao de 2022 e representa uma estagnação em relação aos anos anteriores. Além disso, a renda per capita ainda é inferior à de 2013 e espera-se que continue assim até 2025, refletindo um cenário desastroso para o país.

Apesar do crescimento do PIB em 2023, as perspectivas para 2024 não são animadoras, com poucos impulsos para o crescimento econômico. O desempenho do setor externo, com destaque para exportações de commodities, contribuiu para o crescimento, mas os investimentos em expansão da produção apresentam números preocupantes.

Em relação ao mercado de trabalho, o aumento do número de pessoas empregadas e o aumento do salário médio foram fatores importantes para o crescimento econômico em 2023. No entanto, para o próximo ano, espera-se uma desaceleração dos gastos em benefícios sociais e da massa salarial, sem grandes perspectivas de aumento significativo de emprego.

Outro ponto de destaque foram as exportações de bens e serviços, impulsionadas pelo setor agropecuário, que teve um desempenho positivo em termos de produção, mas enfrenta incertezas em relação aos preços. Por outro lado, o investimento em novas instalações produtivas tem apresentado queda há quatro trimestres consecutivos, o que representa um cenário preocupante para o desenvolvimento econômico do país.

As condições financeiras melhoraram um pouco nas últimas semanas, mas melhorias adicionais dependem de taxas de juros estáveis nos Estados Unidos e de um sinal claro de que o governo brasileiro controlará seu déficit e dívida. No entanto, é importante ressaltar que o crescimento de longo prazo depende de outros fatores, como a melhoria do desempenho educacional dos estudantes brasileiros, que tem deixado muito a desejar. A falta de investimento na educação, especialmente para crianças de baixa renda, reflete a falta de prioridade dada a essa área crucial para o desenvolvimento do país.

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