O estudo contou com a participação de 1.129 pacientes submetidas a tratamento cirúrgico para endometriose. Antes da cirurgia, as participantes responderam a um extenso questionário com 36 perguntas que abordavam diversos aspectos, como qualidade de vida, capacidade de realização das atividades diárias, saúde mental e dor. Os resultados apontaram um impacto significativo nas vidas das mulheres afetadas, com a maioria apresentando uma queda na qualidade de vida, especialmente aquelas que sofriam com dores intensas, classificadas como 7 ou mais na Escala Visual Analógica (EVA).
De acordo com Maurício Abrão, as conclusões do estudo evidenciam que a endometriose, quando associada a dores severas e persistentes, pode causar um sofrimento psicológico e social profundo, chegando a ser incapacitante para algumas mulheres. A dor uterina foi apontada como a mais prevalente, atingindo 93,6% dos casos, com uma média de 7,6 na escala EVA.
Este trabalho científico se destaca ainda mais neste mês de março, dedicado à conscientização sobre a endometriose, conhecido como março amarelo. É fundamental que mais pesquisas e ações sejam realizadas para fornecer suporte e tratamentos mais adequados para as mulheres afetadas por essa condição. A ciência tem um papel fundamental na busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dessas pacientes.