Documentos secretos vinculados a ex-namorada de Jeffrey Epstein, morto em 2019, têm sigilo derrubado e revelam nomes associados ao financista.

Os detalhes de um processo judicial referente à ex-namorada do falecido financista Jeffrey Epstein, que faleceu enquanto aguardava julgamento por tráfico e abuso de menores, começaram a ser revelados nesta quarta-feira (3). Quarenta documentos tiveram o sigilo derrubado por uma juíza de Nova York em dezembro, revelando os nomes de mais de 150 pessoas associadas a Epstein, citadas em centenas de páginas.

Entre as informações reveladas, um email de Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, menciona relacionamentos com pessoas nomeadas como “Clinton” e “Andrew”, possivelmente referindo-se ao ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e ao príncipe Andrew, irmão do rei Charles 3º do Reino Unido.

É importante ressaltar que a menção a nomes nos documentos não significa que há acusações contra as pessoas citadas ou associações com Maxwell, Epstein ou outros envolvidos no processo. Maxwell foi condenada em 2021 nos EUA por ajudar o investidor a abusar sexualmente de menores de idade e está cumprindo pena de 20 anos de prisão.

A divulgação das identidades inclui nomes de acusados de irregularidades, acusadores, potenciais testemunhas de crimes, funcionários de Epstein e pessoas que visitaram sua casa. O processo em questão é uma ação por difamação movida contra Maxwell por Virginia Giuffre, uma das vítimas do casal.

A juíza Loretta Preska, responsável por derrubar o sigilo dos nomes, afirmou que muitos dos mencionados no processo já foram identificados pela imprensa ou durante o julgamento de Maxwell, e vários deles “não levantaram objeções” à divulgação. No entanto, alguns nomes permanecerão preservados, incluindo os das vítimas menores de idade.

Além disso, em depoimento, Johanna Sjoberg, uma das mulheres que acusaram Epstein e Maxwell, afirmou que o príncipe Andrew apalpou seu seio em 2001. O Palácio de Buckingham classificou as alegações como “categoricamente falsas”.

Essas revelações reavivam o escândalo que envolve Jeffrey Epstein, um financista americano acusado de comandar uma “vasta rede” de exploração sexual de menores de idade. A morte de Epstein, descrita como suicídio por médicos legistas, permanece envolvida em polêmica e é alvo de diversas teorias da conspiração. Ele sempre se declarou inocente, apesar de ter sido condenado por solicitação de prostituição de uma menor de idade.

O caso continua gerando grande repercussão e chamando a atenção da mídia e do público, diante das reviravoltas e revelações que continuam surgindo.

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