Essa teoria se baseia em análises do cromossomo Y e do DNA mitocondrial de Hernando, filho de Colombo, que indicam traços compatíveis com a origem judaica. No entanto, especialistas questionam a validade desses argumentos, uma vez que não foram apresentadas evidências científicas sólidas para sustentá-los.
Antonio Alonso, geneticista e ex-diretor do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses, destacou a ausência de análises diretas do DNA de Colombo no documentário, levantando dúvidas sobre a precisão das conclusões apresentadas. Por sua vez, Antonio Musarra, professor de história medieval, reforçou a ideia de que Colombo era de fato genovês, citando referências em seus escritos à sua pátria e às relações estreitas com a nobreza de Gênova.
Musarra ainda levantou a hipótese de que os restos mortais de Colombo podem ter sido contaminados ao longo dos anos, uma vez que foram trasladados diversas vezes. Além disso, ele ressaltou que, apesar da diversidade cultural do Mediterrâneo na época, Colombo se identificava como cristão e genovês, o que reforça a tese de sua origem genovesa.
Diante dos argumentos apresentados no documentário, fica evidente que a questão da verdadeira origem de Cristóvão Colombo ainda está longe de ser definitivamente esclarecida. A discussão sobre as raízes do explorador continua a suscitar debates entre historiadores e especialistas, alimentando um mistério que perdura ao longo dos séculos.