DJ Alok e seu pai Juarez Petrillo se reencontram após ataque terrorista em festival de música eletrônica em Israel.

O DJ brasileiro Alok, de 32 anos, teve um reencontro emocionante com seu pai, Juarez Petrillo, na tarde desta quarta-feira (11). Juarez, que também é DJ e conhecido como DJ Swarup, estava em Israel para um festival de música eletrônica que foi alvo de ataques do grupo extremista Hamas no último sábado (7). Petrillo escapou do bombardeio e conseguiu retornar ao Brasil no quinto dia de conflito entre Israel e Palestina.

O DJ Alok utilizou suas redes sociais para compartilhar o alívio de poder abraçar seu pai novamente, publicando uma foto do momento do reencontro no Instagram. Em um vídeo, Alok revelou detalhes sobre como o pai conseguiu escapar do ataque. Segundo ele, o atentado aconteceu momentos antes de Swarup iniciar sua apresentação no festival Universo Paralelo. O incidente resultou na morte de duas brasileiras, Ranani Glazer e Bruna Valeanu, de 24 anos.

Durante a fuga dos ataques, Petrillo viveu momentos de terror, com o carro que estava atrás do seu sendo alvejado pelos extremistas. Muitos conhecidos do pai de Alok estavam neste veículo. Juarez é um dos idealizadores do festival Universo Paralelo, mas nega ter organizado o evento em Israel. Os responsáveis pela realização do festival no país foram os gêmeos Osher e Michael Waknin, de 30 anos. Osher foi enterrado na última terça-feira (10) em Jerusalém, enquanto Michael ainda está desaparecido.

Durante sua carreira, DJ Swarup se apresentou em diversos festivais de música eletrônica ao redor do mundo. Recentemente, participou de uma festa rave em Portugal e se apresentou na Espanha. Além de Alok, Petrillo é pai de Bhaskar, também DJ.

A festa em que ocorreu o atentado foi realizada em Tel Aviv, cidade localizada a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O local é conhecido por sua intensa programação de festas similares e é considerado um reduto libertário de jovens, em meio ao conservadorismo predominante no Oriente Médio. Juarez ainda não se manifestou sobre seu retorno ao Brasil.

Esse episódio chamou a atenção para a violência presente na região e levantou preocupações sobre a realização de eventos similares em áreas de conflito como Israel. Autoridades israelenses não têm estimativas sobre o número de pessoas desaparecidas após o ataque, mas se sabe que há brasileiros entre o grupo. Alok e seu pai reforçaram a importância de valorizar a vida e agradeceram por terem conseguido escapar dessa tragédia.

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