Divisões entre os aliados do G7 sobre monetização de ativos russos expõem desafios para a cúpula de junho, afirma Yellen

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, desafiou o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, a colaborar no desenvolvimento de opções discutidas pelo G7 em relação aos ativos soberanos russos. Durante uma entrevista, Yellen revelou que a questão sobre o que fazer com esses ativos para ajudar a Ucrânia tem sido debatida pelo G7 há cerca de um ano.

As tensões em torno desse assunto se intensificaram durante a reunião do G20 desta semana, onde as divergências entre os aliados do G7 foram expostas publicamente. Yellen afirmou que a Rússia ameaçou retaliar caso o Ocidente confiscasse seus ativos, o que gerou preocupações em alguns países europeus quanto ao impacto nas moedas ocidentais.

No entanto, Yellen ressaltou que existem opções viáveis, como utilizar os ativos como garantia para empréstimos, além de uma nova proposta de emissão de um empréstimo sindicalizado, que ela descreveu como uma “opção interessante”. A secretária do Tesouro também enfatizou a importância de que qualquer medida adotada tenha uma base legal sólida, tanto internacional quanto doméstica.

Durante a entrevista, Yellen destacou a colaboração entre a sua equipe e a equipe de Le Maire, afirmando que solicitou a ajuda do ministro francês para apresentar opções que possam ser discutidas pelos líderes do G7. Ela ressaltou a complexidade das questões jurídicas envolvidas no debate e enfatizou a necessidade de fundamentação legal nas decisões tomadas.

Diante desse cenário de tensões e divergências no âmbito do G7, Yellen demonstrou otimismo em relação ao trabalho conjunto com outros países para encontrar soluções para a questão dos ativos soberanos russos e seu impacto na Ucrânia. Ela reforçou o compromisso em continuar trabalhando na busca por alternativas que possam ser apresentadas aos líderes internacionais.

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