Repórter São Paulo – SP – Brasil

Divisão entre Democracia e Corrupção: Estudo aponta contraste entre Brasil e Singapura nos rankings da Transparência Internacional.

O Brasil e a Corrupção: Um Contraste com Singapura

O Brasil tem sido centro de discussões sobre a correlação entre corrupção e democracia, trazendo à tona pontos interessantes de contraste com Singapura. O país está à frente de Suécia e Suíça no ranking da Transparência Internacional, o que o coloca como um dos menos corruptos do mundo. Porém, Singapura não é uma democracia, apresentando um escore semelhante ao de Moçambique e Gâmbia no Índice da Freedom House.

O governo brasileiro tem enfrentado críticas em relação à sua luta contra a corrupção, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, atacando o Relatório Geral da Transparência Internacional, afirmando que “de transparente só tem o nome”. Além disso, a Rússia também expressou descontentamento, com o procurador-geral do país declarando que a organização é uma ameaça à ordem constitucional e segurança da Federação Russa.

A relação entre democracia e corrupção é muitas vezes assumida como direta, no entanto, estudos demonstram que, com o processo de democratização, há mais exposição da corrupção e, consequentemente, uma maior percepção de corrupção, mesmo que os níveis reais possam variar. No entanto, a longo prazo, espera-se que a democracia leve a um efeito dissuasório em relação à corrupção, devido à maior transparência e redução da impunidade.

No caso do Brasil, enfrenta-se o desafio de separar a democracia da prática direta da corrupção, com a intolerância em relação a abusos autoritários e violação de direitos aumentando, ao passo que a intolerância com a corrupção diminui. Organizações internacionais, como a OCDE, têm expressado preocupações em relação ao enfraquecimento do combate à corrupção no país, alertando para o risco de retrocessos.

A atuação dos tribunais superiores reflete essa tensão, como no caso do STF, que enfrentou o dilema de controlar abusos de um líder iliberal ou apoiar a Operação Lava Jato. A escolha feita implicou na impunidade de malfeitos, levantando questões sobre a defesa da democracia e a utilização de meios não democráticos para atingir esse fim.

Em meio a todo esse debate, o futuro permanece incerto e aberto. O Brasil continua a ser objeto de discussões e análises sobre a relação entre democracia, corrupção e os desafios enfrentados na luta contra a corrupção.

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