Repórter São Paulo – SP – Brasil

Disputas políticas no Brasil: Identificando atores e fontes de poder em meio ao avanço do capitalismo e do conservadorismo.

Disputas Políticas no Brasil: A Rede de Poder Subjacente

Se o objetivo é compreender as disputas políticas brasileiras e as possibilidades de mudança que elas oferecem, é crucial identificar os diferentes atores e fontes de poder que estão em jogo. Algumas dessas fontes essenciais incluem a dominância do capitalismo e do neoliberalismo, a ascensão das igrejas protestantes, a organização das massas, a ascensão das forças de segurança, a bancada conservadora no Congresso, o avanço do crime organizado e a cultura do medo, o papel do Supremo Tribunal Federal e os movimentos identitários de esquerda.

O capitalismo e o neoliberalismo exercem uma forte influência nos sistemas políticos e sociais do Brasil e do mundo. A imposição do mercado sobre as relações sociais avança com pouca contestação, normalizando a ideia de que as relações de compra e venda são a norma. Isso se reflete na forma como a natureza e a força de trabalho são tratadas, resultando em exploração e superexploração.

Outro fator importante são as igrejas protestantes, que cresceram consideravelmente no Brasil a partir da década de 1970. Elas apresentam uma combinação poderosa de fé na ação individual em busca do sucesso e uma rede de apoio entre os membros da congregação. Além disso, avançam na acumulação de riqueza e poder político.

As forças de segurança também desempenham um papel significativo, aproveitando a desindustrialização e a queda de ideologias estruturantes para expandir sua influência. A cultura do medo reforça a desigualdade social e legitima o uso da violência como solução para os problemas.

A ascensão da bancada conservadora no Congresso, impulsionada pelo bolsonarismo e pelo fisiologismo, reflete a ausência de uma direita moderna com um projeto de desenvolvimento nacional consistente.

Do ponto de vista do judiciário, o Supremo Tribunal Federal atua como última resistência dos direitos individuais diante dos avanços do Legislativo e dos movimentos anticonstitucionais.

Por fim, as movimentos identitários de esquerda, impulsionados pelo empoderamento de grupos antes negligenciados, dão origem a uma nova camada de movimentos que precisam ser integrados às lutas estruturais da sociedade.

Nesse cenário, a sociedade brasileira caminha para um aprofundamento dos valores mercantis, com desigualdade, individualismo e uma ilusão de meritocracia em ascensão. A necessidade de cooperação e sinergia entre esses diferentes atores é essencial para enfrentar as desigualdades estruturais e alcançar mudanças significativas.

Sair da versão mobile