O presidente Lula, atuando como mediador nesse conflito, tem buscado promover a integração e a paz entre os povos da América Latina e do Caribe. Ele facilitou uma reunião entre as partes em São Vicente e Granadinas, visando conter uma possível escalada bélica que a Guiana, em conjunto com o Comando Sul, estavam pretendendo iniciar.
A Venezuela tem apostado na diplomacia para resolver o impasse, já que a opção militar não é vista como viável pelo governo venezuelano. Segundo o Acordo de Genebra, assinado em 1966 e com o aval das Nações Unidas, é preciso encontrar uma solução pacífica e negociada para a disputa territorial.
Nesse contexto, a presença do Comando Sul na Guiana representa um risco para toda a América Latina e o Caribe, algo que o governo brasileiro tem buscado evitar. O papel do Brasil tem se mostrado fundamental para impedir operações militares perigosas na fronteira norte do país.
Quanto à possibilidade de um acordo petroleiro entre Venezuela, Guiana e possivelmente o Brasil, o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi inovador ao incorporar a Guiana ao programa Petrocaribe, que inicialmente era um acordo de distribuição de petróleo venezuelano aos países do Caribe. A perspectiva futura seria a cooperação em diversos setores, não apenas o petroleiro, mas também agrícola, mineral e sustentável, respeitando o meio ambiente.
No entanto, a atual posição do governo brasileiro em relação a possíveis parcerias ou associações para exploração dos recursos no Essequibo não foi mencionada, deixando em aberto a possibilidade de participação brasileira nesse setor.
Portanto, a questão do acordo petroleiro entre Venezuela, Guiana e possivelmente o Brasil ainda permanece em aberto e sujeita a futuras negociações e desdobramentos diplomáticos. Enquanto a disputa territorial não for resolvida, qualquer decisão nesse sentido deverá ser tomada com o consentimento mútuo das partes envolvidas.