Agora, o foco da disputa recai sobre Saul, o irmão mais novo, que alega que o patrimônio deixado por Samuel é ainda maior do que se imaginava e acusa Michael, o primogênito e inventariante, de esconder bens e valores. A polêmica teve início quando Saul cobrou de Michael a incorporação de mais de R$ 7,6 bilhões à herança, referentes a ações da Via Varejo repassadas por Samuel em 2013.
Em meio a acusações e petições, os advogados do espólio de Moacyr afirmam que Saul também foi beneficiário de doações realizadas por Samuel em 2009, totalizando R$ 883,8 milhões para cada um dos herdeiros. Alegam que esses valores deveriam ser incluídos na divisão da herança, argumentando que Saul vendeu sua participação na empresa por R$ 950 milhões na época, montante que, corrigido, chegaria a R$ 4 bilhões.
Os desdobramentos desse embate revelam uma trama familiar complexa, em que Moacyr acusa Saul de agir como laranja da empresa 360 Graus, da qual é sócio. Os advogados do espólio ressaltam que os pedidos de Saul na Justiça são questionáveis e insinuam que ele estaria omitindo informações importantes sobre a herança, agindo de forma desleal.
A batalha judicial também levanta questões sobre o reconhecimento da paternidade de Moacyr, que foi negada pelos demais irmãos e netos de Samuel. Após diversas reviravoltas, a briga pela herança continua sem um desfecho definitivo, deixando a família Klein envolta em mistérios e disputas judiciais. O caso ganha contornos de suspense e intrigas, onde a verdade sobre a herança de Samuel Klein parece estar longe de ser revelada.
