Imane Khelif, uma mulher cujo gênero está registrado como feminino em seu passaporte, foi impedida de participar do Mundial amador de Nova Déli pela IBA (Associação Internacional de Boxe) por não ter passado em testes de elegibilidade sem que os critérios fossem informados. O Comitê Olímpico Internacional (COI), que assumiu a organização do torneio de boxe dos Jogos Olímpicos, optou por ignorar as informações da associação, permitindo a participação de Khelif e da taiwanesa Liu Yu-ting na competição.
A situação ganhou proporções globais após a luta de Khelif contra a italiana Angela Carini, onde Carini abandonou a luta após 46 segundos do primeiro assalto, alegando a força da oponente. Martina Navratilova criticou a situação, prevendo consequências para aqueles no poder que permitiram tal cenário.
A controvérsia se intensificou com a discussão entre Navratilova e Antonelli. Navratilova, uma figura icônica do movimento LGBTQ+, foi acusada de transfobia por ativistas transgêneros devido a sua opinião sobre a participação de mulheres trans em competições femininas. Antonelli, a primeira deputada trans do Parlamento espanhol, rebateu as críticas, apontando o histórico da tenista.
O embate de opiniões entre as duas personalidades continuou, com Navratilova destacando a diferença entre identidade trans e distúrbios de desenvolvimento sexual. Antonelli, por sua vez, acusou a ex-tenista de transfobia, encerrando a discussão com Navratilova bloqueando a senadora nas redes sociais.
A polêmica entre Navratilova e Antonelli reflete debates mais amplos sobre gênero, identidade e inclusão no esporte, mostrando como figuras públicas utilizam suas plataformas para expressar opiniões e confrontar diferentes perspectivas.