Discurso de Bolsonaro em ato na Paulista gera polêmica e pressão sobre STF e TSE com acusações de trama golpista.

Na tarde deste domingo (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido PL, fez um discurso na avenida Paulista repleto de mensagens incisivas e polêmicas. Em meio a uma multidão de apoiadores, Bolsonaro afirmou que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns traz insegurança para todos nós”.

Em seu pronunciamento, o ex-presidente agradeceu os presentes e relembrou o atentado que sofreu em 2018. Além disso, fez um balanço de seu governo e criticou indiretamente o atual presidente, Lula, do PT, mencionando a falta de apoio popular ao lado do mandatário petista.

Bolsonaro reclamou de estar sofrendo “pancadas” e alegou ser alvo de perseguição, especialmente após deixar a Presidência da República. Em um momento de ataque à imprensa, o ex-presidente negou ter participado de tramas golpistas em 2022 e ressaltou sua busca pela pacificação para superar o passado.

Antes de Bolsonaro discursar, o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento, fez duras críticas ao STF e ao TSE. Malafaia questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes durante as eleições de 2022 e insinuou um suposto envolvimento do presidente Lula no ataque de 8 de janeiro organizado por bolsonaristas em 2023.

O ato, que teve como objetivo demonstrar a força política de Bolsonaro e pressionar o STF, atraiu milhares de pessoas à avenida Paulista. Bolsonaro compartilhou o espaço no trio elétrico com aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

A presença de bandeiras de Israel foi marcante durante o ato, sendo um símbolo recorrente entre os manifestantes. A Polícia Federal está investigando Bolsonaro por possíveis atividades golpistas, baseando-se em mensagens e delações de ex-membros do governo.

A investigação aponta que Bolsonaro teria articulado um golpe de Estado em 2022, o que poderia resultar em penas de até 23 anos de prisão e sua inelegibilidade por mais de 30 anos. Até o momento, o ex-presidente não foi indiciado, mas as suspeitas de crimes contra a democracia e associação criminosa são graves.

Em meio a um cenário politicamente conturbado, Bolsonaro busca apoio popular e enfrenta graves acusações que podem comprometer seu futuro político e jurídico. O clima de tensão e incerteza paira sobre o Brasil, enquanto o ex-presidente busca se posicionar e enfrentar as acusações que pesam sobre ele.

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