Diretora do FMI pede transferência de US$ 7 trilhões de subsídios de combustíveis fósseis para luta contra mudanças climáticas.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (17) durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, enfatizando a importância de transferir recursos usados para subsidiar combustíveis fósseis para a luta contra as mudanças climáticas. De acordo com Georgieva, a quantia anual de US$ 7 trilhões (R$ 34,5 trilhões) destinada a subsidiar combustíveis fósseis precisa ser redirecionada para medidas de combate as mudanças climáticas.

A diretora-gerente do FMI destacou que essa quantia inclui US$ 1,3 trilhão em subsídios governamentais diretos, bem como subsídios indiretos, como a não fixação do preço das emissões de carbono. Ela também ressaltou a necessidade de estabelecer uma taxa de US$ 85 por tonelada de carbono emitida até 2030, propondo que 25% dessa taxa geraria US$ 800 bilhões em fundos para reduzir as mudanças climáticas, e 50% geraria US$ 1,5 trilhão.

Ao lado dela, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, também participou do painel sobre o clima, enfatizando que o mundo não pode se dar ao luxo de ter mais décadas de crescimento com alto nível de emissões. Banga ressaltou a importância de encontrar maneiras de financiar fontes de energia limpa e abrir caminho para o investimento do capital privado.

Além disso, Banga enfatizou que o Banco Mundial está tomando medidas para mitigar o risco político, com o objetivo de aumentar as garantias de risco político para US$ 20 bilhões por ano até 2030. Ele também apontou que a incerteza regulatória e os riscos cambiais estão impedindo o investimento privado na transição energética em muitos países, e o Banco Mundial pode ajudar a absorver parte desse risco.

Kristalina Georgieva ainda mencionou que o FMI está incorporando metas de redução de emissões em suas discussões sobre políticas macroeconômicas com países de alta emissão, bem como metas de adaptação climática com países vulneráveis. Em resumo, ambos os líderes enfatizaram a urgência de encontrar soluções financeiras para impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas e reduzir as emissões de carbono, no intuito de combater as mudanças climáticas.

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