Rubens Paiva era um deputado de esquerda, mas teve que se exilar após o golpe militar de 1964. No entanto, ele decidiu retornar ao Brasil e continuar sua carreira como engenheiro, mesmo mantendo seus laços com grupos clandestinos da época. A situação do país se deteriorou, com diversos ataques e sequestros cometidos pela extrema esquerda e a brutal repressão militar.
Em janeiro de 1971, Rubens Paiva foi cruelmente arrancado de sua casa no Rio por homens armados e nunca mais foi visto. A sua história se tornou um símbolo dos abusos e arbitrariedades cometidos durante a ditadura, deixando marcas indeléveis na memória do povo brasileiro.
Com “Ainda Estou Aqui”, Walter Salles busca resgatar a memória de Rubens Paiva e de todos aqueles que foram vítimas do regime militar, destacando a luta das mulheres que ficaram para trás, como a esposa do político desaparecido. O filme traz à tona questões importantes sobre a justiça, a memória histórica e a resistência frente à opressão.
O diretor faz um mergulho profundo na história do Brasil, abordando de forma sensível e impactante os traumas causados pela ditadura militar. “Ainda Estou Aqui” promete emocionar e provocar reflexões sobre um período sombrio da nossa história, ressaltando a importância de manter viva a memória daqueles que lutaram e sacrificaram suas vidas por um país mais justo e democrático.