Diferenças salariais persistem no ambiente esportivo de alto rendimento, mesmo com paridade de gênero nos Jogos Paris 2024

Segundo informações apuradas pelo jornal Libération, os Jogos Paris 2024, que têm como propósito a paridade no número de homens e mulheres em competição, ainda enfrentam questões relacionadas a diferenças salariais e outras desigualdades presentes no ambiente esportivo de alto rendimento.

O diário Le Monde destaca em sua capa as conquistas femininas ao longo dos anos, desde o direito ao voto até o movimento #metoo. Em uma retrospectiva da atuação feminina na própria redação, o jornal relembra que em 1945, as mulheres votaram pela primeira vez na França, porém naquela época ainda não havia repórteres femininas para cobrir o acontecimento. As mulheres atuavam apenas em cargos como secretária e nas cantinas, sendo somente a partir dos anos 1950 que surgiram as primeiras redatoras no Le Monde. Esse cenário mudou significativamente a partir dos anos 1960, com a ascensão do movimento feminista, e na década de 1990, 40% dos funcionários da redação eram mulheres.

Por sua vez, o jornal Le Parisien destaca uma nova medida voltada para a proteção das mulheres na França. Agora, os 29.000 pontos de venda da operadora dos jogos de loteria nacional do país são considerados locais de abrigo seguro para mulheres que se sintam ameaçadas nas ruas. Em 2023, foram registradas mais de 7.600 infrações desse tipo em todo o território francês, o que levou à iniciativa de capacitar os comerciantes para acolher e prestar assistência às vítimas de perseguição ou abuso em espaços públicos.

Esses acontecimentos evidenciam a importância de se debater e combater as desigualdades de gênero presentes em diferentes esferas da sociedade, sejam elas no esporte de alto rendimento ou em medidas de proteção e amparo às mulheres em situações de vulnerabilidade.

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