Diálogo entre governo colombiano e ELN enfrenta turbulências em busca de acordo de paz após acordo historic em 2016.

No início de fevereiro, as negociações entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN) tiveram um desdobramento crucial. Após seis meses de cessar-fogo nacional, que havia sido acordado em agosto do ano passado, as duas delegações concluíram em Havana um acordo para prorrogar o período de trégua.

Essa prorrogação aconteceu em meio a um cenário de turbulências e momentos de tensão entre as partes. Durante os seis ciclos de diálogo realizados desde novembro em países como Venezuela, México e Cuba, ocorreram episódios de “paralisações armadas”, sequestros e confrontos com outros grupos armados. Um dos incidentes mais notórios foi o sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz, que felizmente foi libertado dez dias depois.

O governo liderado por Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, tem como objetivo alcançar uma saída negociada para mais de seis décadas de conflito armado e violência no país. Isso se dá após o histórico acordo de paz de 2016, que desarmou a maioria das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Com um contingente de aproximadamente 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, o ELN, ativo desde 1964, possui uma estrutura complexa. Apesar de contar com um comando central, suas frentes operam de forma autônoma no campo militar, o que complica as negociações, de acordo com especialistas.

A extensão do cessar-fogo nacional entre o governo colombiano e o ELN representa um passo importante rumo a um possível acordo de paz definitivo. A expectativa é que as negociações continuem avançando, apesar dos desafios e obstáculos que ainda precisam ser superados para alcançar a tão almejada estabilidade e reconciliação no país.

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