Essa prorrogação aconteceu em meio a um cenário de turbulências e momentos de tensão entre as partes. Durante os seis ciclos de diálogo realizados desde novembro em países como Venezuela, México e Cuba, ocorreram episódios de “paralisações armadas”, sequestros e confrontos com outros grupos armados. Um dos incidentes mais notórios foi o sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz, que felizmente foi libertado dez dias depois.
O governo liderado por Gustavo Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, tem como objetivo alcançar uma saída negociada para mais de seis décadas de conflito armado e violência no país. Isso se dá após o histórico acordo de paz de 2016, que desarmou a maioria das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Com um contingente de aproximadamente 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, o ELN, ativo desde 1964, possui uma estrutura complexa. Apesar de contar com um comando central, suas frentes operam de forma autônoma no campo militar, o que complica as negociações, de acordo com especialistas.
A extensão do cessar-fogo nacional entre o governo colombiano e o ELN representa um passo importante rumo a um possível acordo de paz definitivo. A expectativa é que as negociações continuem avançando, apesar dos desafios e obstáculos que ainda precisam ser superados para alcançar a tão almejada estabilidade e reconciliação no país.