A desigualdade social no Brasil se manifesta de diversas formas, e dois grupos que têm sido especialmente afetados são as crianças indígenas e os jovens negros. De acordo com dados recentes do Observatório das Desigualdades, a desnutrição infantil entre meninos e meninas indígenas até 5 anos de idade aumentou significativamente. O levantamento apontou um crescimento de 16,1% entre os meninos e 11,1% entre as meninas indígenas no período de 2022 a 2023.
Além disso, a taxa de escolarização no ensino superior permanece estagnada entre os jovens negros, com uma diferença significativa em relação aos brancos. Enquanto a desnutrição atinge diretamente a saúde e o desenvolvimento das crianças indígenas, a falta de acesso à educação de qualidade impacta diretamente no futuro e nas oportunidades de vida dos jovens negros.
O Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, que reúne mais de 200 entidades, aponta que esses dados refletem a realidade de acesso precário a direitos fundamentais para esses grupos minoritários. O empresário Oded Grajew, fundador da Grow e membro do Pacto, destaca a importância de estudar e combater essas desigualdades para promover uma sociedade mais equitativa.
O Observatório das Desigualdades compilou dados de diferentes setores sociais para analisar as disparidades existentes no Brasil. Além da desnutrição infantil e da educação, o levantamento mostra que a região Nordeste teve uma queda na taxa de escolarização no ensino médio, evidenciando desafios em diferentes áreas do país.
A desigualdade de acesso à educação também é destacada, com números que revelam uma diferença significativa na taxa de escolarização entre alunos negros e não negros, tanto no ensino médio quanto no superior. Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas que visem reduzir as disparidades e promover a inclusão de todos os grupos sociais.