Já no Cerrado, houve um aumento de 18,5% no desmatamento em fevereiro, passando de 553,1 km² em 2023 para 655,5 km² em 2024. No entanto, a alta incidência de nuvens na região pode ter impactado a precisão dos dados.
A temporada de chuvas costuma dificultar a derrubada da mata, o que leva a uma melhora nos números de desmatamento no início do ano. No entanto, o tempo nublado também dificulta a captura de imagens pelos satélites do sistema Deter, o que pode ter influenciado nos resultados.
Em fevereiro, a cobertura de nuvens no Cerrado atingiu 77%, a maior já registrada pelo sistema, enquanto na Amazônia foi de 20%. Isso pode significar que áreas desmatadas não identificadas inicialmente poderão ser contabilizadas nos próximos meses.
O sistema Deter emite alertas de desmatamento para orientar ações de fiscalização do Ibama e outros órgãos ambientais. No entanto, os dados oficiais são fornecidos pelo sistema Prodes do Inpe, que é mais preciso e divulgado anualmente.
Segundo os dados do Prodes de novembro, entre agosto de 2022 e julho de 2023, a Amazônia perdeu 9.001 km² de floresta, uma redução de 22,3% em comparação com o período anterior. Já o Cerrado teve uma perda de 11.011,6 km² de vegetação nativa, representando um aumento de 3%.
Portanto, apesar da redução no desmatamento em fevereiro, a situação ambiental na Amazônia e no Cerrado ainda demanda atenção e ações efetivas de preservação. O monitoramento contínuo por parte dos órgãos competentes é essencial para a proteção desses biomas.