Os dados foram divulgados pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira (3), com informações coletadas pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio de monitoramento via satélite entre agosto de 2023 e junho de 2024.
A queda no desmatamento na Amazônia foi impulsionada pelos resultados positivos em quatro Estados: Pará (47,3%), Mato Grosso (53,3%), Amazonas (55,7%) e Rondônia (66,7%). Além disso, o bioma também registrou uma redução de 59,3% nos 70 municípios prioritários definidos pelo Ministério do Meio Ambiente.
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ressaltou que a redução do desmatamento ocorreu de forma generalizada em todos os Estados da Amazônia, o que demonstra uma tendência importante. Já a ministra Marina Silva destacou a possibilidade de alcançar “desmatamento zero” na região até 2026, caso a trajetória atual seja mantida.
Por outro lado, os resultados positivos na Amazônia contrastam com os dados alarmantes do Cerrado, que registrou um aumento de desmatamento. A preocupação com a preservação desse bioma também foi ressaltada pela ministra, que destacou a importância de um pacto pelo Cerrado.
Além disso, foi mencionada a greve dos servidores do Ibama, que teve início em junho e levou a uma ação da AGU para tentar suspender a paralisação. A ministra Marina Silva afirmou que, apesar da judicialização do caso, o diálogo com os servidores está em andamento.
Por fim, os dados de desmatamento na Mata Atlântica também foram divulgados, mostrando uma redução de 25,2% em 2023 em relação ao ano anterior. A ministra ressaltou o compromisso do governo em trabalhar para a preservação ambiental e a importância de medidas concretas para combater o desmatamento em todos os biomas do país.