Caso Biden decida se retirar, ele poderia permanecer no cargo até o final de seu mandato, mas isso seria algo extremamente incomum na história do país. Apenas uma vez, em 1968, o presidente Lyndon Johnson, também democrata, renunciou à reeleição. Com a saída de Biden, uma disputa interna no partido seria inevitável, uma vez que não haveria a possibilidade de nomear um sucessor.
Um dos argumentos que tem sido levantado contra a desistência de Biden é o apoio esmagador que ele recebeu nas primárias. Com cerca de 3.900 delegados a seu favor, fica evidente que nenhum dos seus oponentes possui uma base sólida dentro do partido democrata. Essa situação torna a escolha de um substituto ainda mais desafiadora.
A decisão do partido neste momento é crucial, e alguns especialistas acreditam que os democratas estão vivendo uma verdadeira “sinuca de bico”. Retirar Biden da disputa poderia enfraquecer ainda mais a imagem do partido, enquanto mantê-lo implica em correr o risco de enfrentar Trump em desvantagem.
Além disso, o desempenho de Biden em debates tem sido alvo de críticas. Sua voz rouca, gagueira persistente e frases confusas têm decepcionado até mesmo seus apoiadores. A falta de clareza e energia contrasta com a postura firme de Trump, o que acende um alerta dentro do Partido Democrata.
Diante desse cenário, a estratégia dos democratas para convencer os eleitores e lidar com a possibilidade de substituição de Biden será fundamental para o desenrolar das eleições nos próximos meses. A decisão não será fácil e envolve muitos aspectos políticos e estratégicos que devem ser cuidadosamente considerados.