Desigualdade de gênero persiste nos conselhos de administração: apenas 19,7% das mulheres em 2021, aponta relatório da Deloitte.

Segundo um relatório elaborado pela consultoria Deloitte, os números apresentados sobre a presença de mulheres em cargos de liderança em empresas ao redor do mundo são bastante expressivos. De acordo com os dados levantados, em 2021 apenas 19,7% dos membros dos conselhos de administração eram mulheres, enquanto a proporção de mulheres ocupando o cargo de CEO era ainda mais baixa, representando apenas 5%.

A situação na América Latina também não é muito diferente, com apenas 10,4% de mulheres nos conselhos administrativos e 1,6% ocupando o cargo de CEO em empresas da região. O Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru foram os países analisados nesse estudo.

Já nos Estados Unidos, as mulheres representavam cerca de 24% dos membros dos conselhos de administração e menos de 6% dos CEOs, evidenciando a predominância masculina nesses cargos de liderança.

Na Europa, a situação é um pouco mais favorável para as mulheres, especialmente na França, onde 43,2% dos membros dos conselhos administrativos eram do sexo feminino em 2021. No entanto, apenas três mulheres dirigem empresas listadas no índice-chave CAC 40 em Paris. A França conta com a lei Copé-Zimmermann, que impõe uma cota mínima de 40% de mulheres nos conselhos de administração desde 2011.

Na Espanha, a realidade não é muito diferente, com a maioria das empresas do Ibex 35 sendo dirigidas por homens. No entanto, existem algumas exceções, como a Inditex, empresa mãe da Zara, e o banco Santander, que são liderados por mulheres.

Esses dados demonstram a contínua desigualdade de gênero presente nos altos escalões das empresas ao redor do mundo e a necessidade de promover a igualdade de oportunidades para as mulheres no ambiente corporativo.

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