A educação é o pilar fundamental nessa preparação, especialmente a educação midiática e informacional. O debate sobre a inteligência artificial nas salas de aula torna-se cada vez mais relevante, visando desenvolver o senso crítico e a resiliência dos jovens diante dos efeitos adversos da IA. Além do letramento digital, é essencial promover o pensamento crítico, a criatividade, a ética e a reflexão sobre a responsabilidade de cada indivíduo no uso dessas tecnologias.
A Unesco lançou o Guia para Uso da IA na Educação, com o objetivo de auxiliar os países-membros na introdução da tecnologia nas escolas. Segundo Tawfik Jelassi, diretor-geral adjunto da Unesco, as políticas e normas relacionadas à IA devem priorizar a capacitação dos usuários, e o letramento midiático e informacional é fundamental para a navegação segura no mundo digital.
No Brasil, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática reforça a importância da exploração crítica de conhecimentos e habilidades para entender os impactos da tecnologia na sociedade. Durante o seminário realizado pela Fundação Itaú, o professor Silvio Meira alertou sobre a necessidade de preparar os estudantes para um mundo cada vez mais influenciado pela IA.
O papa Francisco também reconheceu a ambivalência em torno da inteligência artificial, destacando que, apesar dos benefícios, ela também pode aprofundar as desigualdades. Dessa forma, a educação midiática torna-se um instrumento essencial para capacitar a sociedade a tomar decisões informadas diante dos avanços tecnológicos.
Em suma, especialistas, educadores e líderes religiosos concordam que a regulamentação da inteligência artificial é fundamental, mas a educação para o seu uso responsável é ainda mais urgente. Somente através do desenvolvimento de competências e habilidades críticas a sociedade estará preparada para lidar com os desafios e oportunidades trazidos pela IA.