A investigação resultou no cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão, realizados em endereços tanto na capital quanto no interior do estado. Os investigadores descobriram que os suspeitos de comprar as decisões judiciais monitoravam os dias de plantão do desembargador em questão. Quando ele estava trabalhando, os compradores sinalizavam que um “churrasco” aconteceria, codinome dado à operação, denominada “churrascada”.
Os indícios que levaram à abertura da investigação surgiram após a Operação Contágio, que tinha como objetivo desmantelar esquemas de desvios de recursos públicos na área da Saúde em São Paulo, realizada no ano passado. Na ocasião, quatro pessoas foram presas e buscas foram realizadas em vários municípios.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que não foi prévia comunicado sobre a operação da Polícia Federal, mas que irá cumprir as determinações do Superior Tribunal de Justiça e tomar as medidas administrativas necessárias. O gabinete do desembargador investigado também foi procurado, mas até o momento não houve retorno.
A transparência e a correção nos procedimentos judiciais são fundamentais para a garantia da justiça e do estado de direito. É preciso que as investigações sigam seu curso de forma rigorosa e que os responsáveis sejam devidamente punidos, caso fique comprovado que houve irregularidades. A sociedade exige e merece um judiciário íntegro e imparcial.
