Desafios econômicos e geopolíticos colocam pressão sobre a OMC, mas grandes acordos são improváveis, afirmam especialistas

Em meio a um cenário de crescente incerteza econômica e tensões geopolíticas, a presidente do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Athaliah Lesiba Molokomme, destacou a importância de garantir que a entidade esteja preparada para enfrentar os desafios atuais. No entanto, as expectativas em relação a grandes acordos durante a reunião da OMC são baixas, devido à necessidade de consenso total entre os 164 países membros, algo que se mostra difícil diante dos conflitos em curso.

O professor de Economia da Universidade de Genebra, Marcelo Olarreaga, expressou ceticismo em relação à possibilidade de anúncio de acordos substanciais, ressaltando que os negociadores parecem estar em posições táticas e atribuindo a outros países a responsabilidade pelo bloqueio das negociações. A diretora da OMC também antecipou um encontro complexo, tendo em vista as dificuldades econômicas e políticas causadas por eventos como a guerra na Ucrânia, os ataques no Mar Vermelho, a inflação, os altos preços dos alimentos e os problemas na Europa e China.

Ngozi Okonjo-Iweala, líder da equipe de discussões da OMC, revelou que propostas de acordo estão sendo preparadas, mas ressaltou a dureza das negociações, especialmente no que diz respeito ao setor agrícola. O cenário é de incerteza e desafios, com a necessidade de superar divergências e alcançar consensos em um contexto global cada vez mais complexo e instável.

Em meio a todas essas dificuldades, a OMC busca manter sua relevância e capacidade de atuação, enfrentando os obstáculos com determinação e esperança de encontrar soluções para os problemas que afetam o comércio internacional. A comunidade internacional aguarda com expectativa os desdobramentos dessa reunião e as possíveis medidas que serão tomadas para promover um ambiente de comércio mais justo e equilibrado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo