Desabrigados após chuvas são expulsos de prédio abandonado em Porto Alegre, gerando críticas e polêmica com a atuação da PM.

No último fim de semana, um prédio abandonado no estado do Rio Grande do Sul foi palco de uma ação polêmica envolvendo famílias desabrigadas após as chuvas. A ocupação do local, que já durava algum tempo, foi interrompida pela Polícia Militar, gerando revolta entre os ocupantes.

Dentre os entrevistados, Shirley e Jeremias Pedroso foram duas das vozes que se levantaram contra a ação da PM. Shirley, que viu na ocupação uma oportunidade de luta por moradia, expressou sua indignação com a medida, afirmando que a polícia agiu de forma truculenta ao usar gás de pimenta, causando mal-estar em algumas crianças. Jeremias, por sua vez, relatou ter perdido tudo com a desocupação, destacando que seus direitos foram ignorados.

Em resposta às críticas, a Polícia Militar alegou que havia risco de desabamento de marquises no prédio e que a desocupação foi negociada previamente. No entanto, a advogada Clarice Zanini contestou essa versão, afirmando que a PM agiu de forma abusiva e não seguiu os protocolos necessários, caracterizando o ocorrido como um ato de autoridade.

Após a ação, os ocupantes foram conduzidos ao Palácio da Polícia, onde assinaram um termo circunstanciado de registro do caso. Posteriormente, todos foram liberados, encerrando assim um capítulo conturbado e marcado por tensões entre as famílias desabrigadas e as forças de segurança.

O caso suscitou debates acalorados sobre a situação dos desabrigados e a forma como as autoridades lidam com essas questões sociais delicadas. A busca por soluções humanitárias e justas para essas famílias continua sendo um desafio urgente a ser enfrentado.

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