Derrite defende reconhecimento facial, mas câmeras corporais em policiais são questionadas por parlamentares.

O secretário de Segurança Pública, Derrite, tem se mostrado favorável ao uso de reconhecimento facial em câmeras corporais utilizadas pelas forças policiais. Em um recente discurso, ele destacou que estão estudando um novo edital que incluirá essa tecnologia, ressaltando que a fiscalização e controle dos servidores públicos é fundamental.

No entanto, essa postura do secretário vai de encontro a algumas opiniões contrárias. Em maio, Derrite defendeu os equipamentos, afirmou que inicialmente questionava a eficácia das câmeras, mas reconheceu que elas podem ser utilizadas de forma positiva tanto para os policiais quanto para a população em geral.

Por outro lado, a secretaria de Segurança Pública também levantou preocupações quanto à privacidade dos policiais. Segundo eles, a gravação ininterrupta pode violar a privacidade dos agentes, indo de encontro com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e prejudicando a LAI (Lei de Acesso à Informação). O governo federal estabeleceu que a gravação só deve ser acionada pelos agentes em situações que comprometam a privacidade dos policiais.

No que diz respeito aos parlamentares, há uma divisão de opiniões. Enquanto o deputado Olim se mostra contrário ao uso das câmeras corporais pelos policiais da Tropa de Choque, o deputado Mecca acredita que outros aspectos, como estrutura, uniformes, recursos e apoio psicológico, devem ser priorizados em relação às câmeras. Para ele, as câmeras são frequentemente utilizadas em prejuízo dos agentes.

Diante desse cenário, fica evidente que há um debate em curso sobre a utilização de câmeras corporais com reconhecimento facial nas forças policiais, com diferentes perspectivas e preocupações sendo levantadas. A decisão final sobre o uso dessas tecnologias certamente terá que contemplar uma análise cuidadosa de todos os fatores envolvidos.

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