Deputados desaprovam política econômica do governo: reforma tributária é o projeto com mais chance de aprovação

A maioria dos deputados entrevistados em uma pesquisa recente demonstrou desaprovação em relação à política econômica do país. Segundo o levantamento, 55% dos parlamentares acreditam que a política econômica está indo na direção errada, enquanto 40% afirmaram que está na direção certa. Apenas 5% dos entrevistados disseram não saber ou não responderam.

Além disso, houve uma queda significativa no número de parlamentares que acreditam na capacidade do governo em aprovar sua agenda. Se em agosto passado 56% dos deputados tinham essa opinião, agora esse número caiu para 47%.

Dentre os projetos em pauta, a reforma tributária é vista como a proposta com maior chance de ser aprovada, com 58% de apoio dos parlamentares. Em seguida, a regulação de trabalhadores de aplicativos também recebe destaque, com 32% de aprovação. Já a PEC do Quinquênio, que aumenta os salários de juízes, é vista como a proposta mais improvável de ser aprovada, com apenas 17% de apoio dos deputados. A reforma administrativa também é vista com ceticismo, com apenas 13% de chances de ser aprovada.

Diante dessas perspectivas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que a PEC do Quinquênio será retirada da pauta para nova avaliação, sem previsão para análise futura.

Outro ponto abordado na pesquisa foi a percepção dos deputados em relação à meta de déficit zero estabelecida pelo governo. Oito em cada dez parlamentares acreditam que o governo não conseguirá cumprir essa meta neste ano, considerando o registro de déficit de R$ 1,5 bilhão nas contas do governo no primeiro trimestre.

Por fim, há um empate técnico entre os parlamentares em relação à preocupação do governo com a inflação. Enquanto 54% dos entrevistados afirmam que o governo está preocupado com a inflação, 44% discordam dessa visão. Diante da margem de erro de 4,8 pontos percentuais para mais ou para menos, as duas opiniões estão tecnicamente empatadas.

Esses resultados refletem a atual conjuntura política e econômica do país e sinalizam desafios para o governo em relação à sua agenda legislativa e às expectativas da população e do mercado.

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