A motivação para o pedido de impeachment foi uma declaração de Lula, em que o petista comparou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido pelo ditador Adolf Hitler no século passado. A declaração de Lula ocorreu na Etiópia, e gerou intensa polêmica.
De acordo com os bolsonaristas, o pedido se baseará em um dos pontos do artigo 5º da lei 1.079/1950, que estabelece como uma das causas de crime de responsabilidade “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Contudo, para que o pedido de impeachment prospere, é necessário que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Lula, dê uma autorização formal. Além disso, é preciso uma conjunção de fatores, como forte pressão popular, baixa aprovação governamental, economia em crise e perda de apoio legislativo.
A possibilidade de Lira dar sequência ao pedido de impeachment é considerada baixa, já que uma decisão como essa precisa ter respaldo de importantes forças políticas, o que não é o caso até o momento. Lira tem um canal direto de comunicação com Lula, tendo afirmado que a relação entre ambos está “zerada” após um encontro recente.
O pedido de impeachment de Lula será uma das principais pautas políticas nos próximos dias. A intenção dos deputados aliados de Bolsonaro é gerar grandes repercussões e marcar posição em relação às declarações polêmicas do presidente em relação a Israel. Resta aguardar para ver como essa situação irá se desenrolar no cenário político brasileiro.