Durante a pandemia da Covid-19, o parlamentar reforçou teses negacionistas e defendeu tratamentos sem comprovação científica, mesmo após contrair a doença e não obter resultados positivos com tais medicamentos. No entanto, diante da repercussão negativa do PL Antiaborto por Estupro, a presidência da Câmara, comandada por Arthur Lira (PP-AL), decidiu criar uma “comissão representativa” para discutir o tema apenas no segundo semestre deste ano.
Sóstenes Cavalcante está em seu terceiro mandato como deputado federal e apesar de ver sua votação diminuir a cada eleição, ainda mantém sua posição no parlamento. Em 2023, foi eleito segundo vice-presidente da Mesa Diretora, demonstrando sua força dentro do Legislativo.
O projeto de lei proposto por Cavalcante encontrou críticas inclusive entre setores da direita, que o consideraram um “tiro no pé”. No entanto, aliados do deputado enxergaram de forma positiva a controvérsia gerada pela proposta, que colocou Sóstenes no centro das atenções e reforçou sua imagem de defensor radical de pautas conservadoras.
O projeto de lei em questão limita o aborto até 22 semanas de gestação e prevê penas rigorosas para mulheres e quem as ajudar na interrupção da gravidez. Tal proposta despertou debates intensos na sociedade, incluindo embates entre Sóstenes Cavalcante e até o presidente Lula.
Por fim, o deputado é visto como um dos principais herdeiros políticos do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e mantém uma relação próxima com a família Malafaia, tendo inclusive doado uma quantia significativa para a campanha do deputado estadual Samuel Malafaia em 2018. Com uma trajetória marcada pela defesa de pautas conservadoras e pela proximidade com líderes religiosos influentes, Sóstenes Cavalcante segue gerando polêmicas e dividindo opiniões no cenário político nacional.