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Deputado do PT-RJ não comparece à votação sobre prisão de Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle Franco

Nesta quarta-feira (10), o deputado Washington Quaquá (PT-RJ), que também é vice-presidente do PT, causou polêmica ao não comparecer ao Congresso Nacional para a votação pela manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. A Câmara dos Deputados aprovou, por 277 votos a favor, 129 contrários e 28 abstenções, o parecer do relator Darci de Matos (PSD-SC), que recomendava a manutenção da prisão de Brazão, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Anteriormente, Washington Quaquá havia manifestado dúvidas sobre a culpabilidade do parlamentar, ressaltando a importância de se ter “clareza” antes de atribuir responsabilidades. Essa postura gerou atritos dentro do PT, com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmando que a opinião de Quaquá era particular e não refletia a posição oficial da legenda.

Essa não foi a primeira vez que o deputado demonstrou apoio à família Brazão. Em janeiro, diante de acusações do The Intercept apontando Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, como um dos mandantes do crime contra Marielle Franco, Quaquá afirmou não acreditar nas acusações, destacando sua longa relação de convívio com a família.

A equipe de reportagem tentou contato com o deputado Washington Quaquá para obter seu posicionamento sobre sua ausência na votação e suas declarações anteriores, mas até o momento não obteve resposta. O espaço permanece aberto para eventuais atualizações.

Essa situação ressalta a delicada relação entre posições políticas individuais e os interesses partidários, evidenciando a complexidade dos debates e decisões no cenário político nacional. A repercussão da postura de Quaquá demonstra a necessidade de coesão interna dentro dos partidos e uma comunicação clara com a sociedade para evitar conflitos de interpretação.

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